e esse tal de tempo?

lendo um post do blog da náná, comecei a pensar em tudo o que ela disse.

em parte, o post fala sobre esquecermos o tempo e a permissão de viver mais a vida. e eu inclusive recebi um email hoje, de uma crônica do luís fernando veríssimo falando a respeito disso também.

a questão é que infelizmente não conseguimos tal façanha. por mais que queiramos e/ou tentamos, somos escravos do tempo. esperamos ele, contamos ele, vivemos nele.
o tempo é controlador, é insensato, nosso primeiro inimigo desde que nascemos. é o nosso torturador na hora da saudade, é o nosso consolador em meio ao sofrimento, é o nosso amigo e fiel companheiro na hora das batalhas e também o maior responsável pelo sentimento de repulsa que possuímos quando estamos indignados.

nos permitir a tamanhas coisas é algo realmente muito desejável. desejamos sorrir e chorar, rir e entristecer, ver o dia nascer e ver a noite chegar, comer e beber, fazer sexo e amor...desejamos aproveitar a vida acima de qualquer coisa.

mas só desejamos. nunca fazemos para que tal desejo seja realizado. sempre temos o trabalho, os estudos, os filhos, o casamento. sempre arranjamos desculpas para não aproveitarmos cada segundo que o tempo nos concede como se fosse o último...mas a verdade é que somos incapazes.

mas é como eu comentei lá no blog da naná. é essa incapacidade toda que nos faz sermos o que somos. a desejar o que temos e a querer mais e mais.

é essa incapacidade que nos faz sermos melhores, sermos mais aproveitadores de nós mesmos, sermos um pouco felizes em relação a isso.

só um pouco mesmo, porque só se atinge a felicidade plena através da infelicidade.

mas esse é outra coisa que iremos discutir aqui depois.

vivamos o tempo, né? não. estou sendo hipócrita demais dizendo isso, eu sei.

então não vou falar nada, pois já são quase dez horas e tenho apenas 2 horas para fazer um monte de coisas aqui no serviço, hahahaha!